Treinos de Dan V. Ward

Pela primeira vez eu estava na arena, sentado sobre um dos mais de cem acentos daquele local. Segurava o pingente um pouco nervoso enquanto ficava trocando o mesmo de mão. Abaixo eu podia ver alguns garotos tentando cercar uma dracaenae, ela era a única viva do round passado, e quando eles matassem ela, logo seria eu lá para matar uma.
-"Fuja, idiota... Pra baixo."
Ela não me ouviu, e então um tridente atravessou seu rosto e naquele instante uma pequena explosão de pó dourado aconteceu lá em baixo.
Os rapazes tiraram as redes e armas que estavam no chão, porém isso demorou um pouco.. Tempo o bastante para que eu desistisse se quisesse, mas sair andando como se nem estivesse tido ali?! Meu ego tornava essa ação a coisa mais impossível no momento.

Logo um instrutor apareceu no centro da arena e chamou alguns que estavam em volta, ele esperou que todos, inclusive eu se amontoassem em sua frente para que começasse a falar.
-Como a turma passada lutou contra dracaenaes, vocês lutaram contra empousas.
-"Empousas?! Já já nos treinaram para matar coelhos aqui.
Um rapaz gritou de trás e todos riram, o instrutor somente ignorou. Queria eu no momento dizer que matar empousas era algo fácil.
O homem caminhou até as aberturas da arena que se pareciam com as bocas onde saem leões em Koliseus, ele acionou a alavanca e sem demora três lindas garotas saíram das jaulas, elas pareciam semideusas. Verifiquei atrás de mim e foi quando percebi que nós não eramos tantos assim, seis ou talvez cinco, contra três empousas. O grande problema foi quando o rapaz que gritou aquela besteira saiu com a espada em punho pela frente. Ele correu até a empousa que parecia ser a líder e tentou cortar sua barriga na parte esquerda, porém a mesma em um giro se transformou, com asas de fogo e uma pata de burro foi o suficiente para que o coitado evitasse completar o ataque e ficando completamente mune a ela, que agarrou seu pescoço.
Então os três do outro lado atacaram a outra empousa, e os outros dois foram ajudar o rapaz que morreria se ficasse ali.
-Então... Somo eu e você.
Quando me virei para trás uma mulher com asas de fogo, uma pata de burro, outra mecânica, me fitava com um sorriso desafiador. Suas unhas tinham quase a mesma largura que minha espada, que eu já segurava bambo, mas não deixaria aquilo assim. Eu já tinha passado por coisa pior.

Ela veio ao meu encontro e por puro instinto me abaixei jogando meu corpo contra o dela que tentou fazer um corte inútil no ar. Meu corpo foi o suficiente para que eu a derrubasse e caísse sobre ela. Me ajeitei sentado em cima de sua cintura enquanto usava a espada para prensar seu pescoço, e o que impedia a lâmina de fazer o corte era as duas mãos que ela colocou na frente, forçando contra mim. Então senti algo pinicar em meu abdômen, como um incomodo.
Continuei forçando mas quando olhei percebi que uma quantidade bem legal de sangue estava na minha camisa. A cachorra tinha me cortado durante a queda.
-Você me cortou?!Caraaaa, não acredito que você me cortou.-A medida que sentia uma raiva pelo primeiro corte em batalha minha mão ia ganhando força contra a empousa, que já tinha um pequeno corte no pescoço. -Diz que você não me cortou, vei. Não é possível que cê me cortou, cê ta zuando com a minha cara sua vagabunda?! Diz que não me cortou.
Era meio difícil dizer algo com a espada naquela posição, e a mesma continuava sendo forçada mais ainda, até que a voz áspera do monstro saiu.
-Não fui eu.
Tudo bem, ela falou com certa dificuldade, mas foi o suficiente.
Usei toda minha força contra a espada a afundando de vez na empousa que teve a cabeça decepada no mesmo instante, e logo eu estava em cima de um monte de pó.
-Mas que cachorra.
Levei a mão no ferimento e então sai da arena, caminhando até a enfermaria, ainda meio incrédulo que ela tinha me ferido, mas pelo menos eu tinha vencido.
Um pequeno corte na barriga e um na mão ao pressionar a espada. Quem sabe o que me aguardava na enfermaria?!

Armas: